Temos uma dificuldade brutal de entender a necessidade de equilibrar energia com sabedoria. Nossa análise superficial vê mais valor no entusiasmo da juventude do que no conhecimento da maturidade e nas empresas focadas na redução de custos a qualquer custo, tornou-se cultura nacional a troca de um de 10 por ...dois de 3. Estamos trocando experiência por energia. Será uma decisão sábia?
Hortência, nossa rainha do basquete, me dizia que, quando jovem, matava-se em quadra para fazer 40 pontos numa partida. No final da carreira, fazia os mesmos 40 pontos, mas chegava ao final do jogo menos desgastada...
Estava mais experiente e, com isso, mais sábia. Corria menos, expunha-se menos, cansava-se menos para obter o mesmo resultado.
Talvez aí esteja a pista sobre o prazo de validade das pessoas. Quem sabe a pergunta deva ser “validade pra quê?”. Se for pra jogar futebol como profissional, termina aos 40. Se for pra disputar o ouro na ginástica olímpica, termina aos 16. Se for pra amar ou odiar, nunca termina.
Meu pai, aos 84 anos, apresenta todos as características da velhice: está diminuindo de tamanho.
Tem aquelas coisas de velho, de comer na hora certa, de não querer passear no shopping, de teimosia... Mas ainda escreve, produz e edita todo mês um jornal tablóide em Bauru, o Bauru Ilustrado, que há mais de 35 anos conta fatos históricos sobre a cidade de Bauru. Meu pai faz esse jornal sozinho. Aos 84 anos de idade, continua com seu prazo de validade...valendo!
Fica então o desafio: qual é o seu prazo de validade? Você pretende que ele vença quando?
Se você nunca pensou nisso, é bom começar logo. Ou alguém um dia vai decidir por você, que seu prazo venceu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário