sexta-feira, 18 de novembro de 2011

FRASES do Filósofo Gilles Deleuze

“A lógica de um pensamento é o conjunto das crises que ele atravessa, assemelha-se mais a uma cadeia vulcânica do que a um sistema tranquilo e próximo do equilíbrio.”

“O fênomeno é comum: cada vez que se morre um grande pensador, os imbecis sentem-se aliviados e fazem um estardalhaço dos infernos.”

“Os mal-entendidos são frequentemente reações de bobagem raivosa. Há pessoas que não se sentem inteligentes senão quando descobrem “contradições” em um pensador.”

“E, se o homem foi uma maneira de aprisionar a vida, não será necessário que, sob uma outra forma, a vida se libere no próprio homem?”

"O que me interessa são as relações entre as artes, a ciência e a filosofia. Não há nenhum privilégio de uma dessas disciplinas em relação a outra. Cada uma delas é criadora."

A Repetição na tese de Deleuze.

Deleuze faz da Repetição um tema central, para tanto propõe que esta seja tratada numa estrutura ternária, ou seja, constituída ou efetuada em três momentos que ele assim identifica: (1º) Trágico; (2º) Cômico – Grotesco – & (3º) Drama. Correspondendo esta tríplice à clássica divisão temporal Passado; Presente & Futuro. Suas justificativas fundamentais para tal divisão não são oriundas da Filosofia ou da História, antes, são retiradas do âmbito da Arte. Deleuze, de modo semelhante a Hegel (1770-1831), faz uso do Teatro com seus principais componentes – o cenário, os atores, os atos e os gêneros teatrais – e através destes perfila a história da Repetição no âmbito da humanidade extraindo nas obras dos filósofos supra as bases conjecturais de sua tese.

Faz-se necessário apontar um dado que é muito interessante, porém não muito explorado, o problema da tríade na tese de Deleuze parece imiscuir-se no âmbito filosófico tendo como pano de fundo um conceito teológico, a saber, a Trindade; essa possibilidade de leitura, da obra deleuziana, se insinua ao observador atento à referência feita ao pensador Joachim de Fiore (1135-1202).

Dado as figuras usadas por Deleuze para abordar os três momentos da Repetição podemos detectar em sua teoria uma priorização o Tempo e a oposição entre a generalidade e a particularidade que joga com o valor da novidade inerente a cada Instante. Neste ponto temos que nos reportar a Kierkegaard não apenas como aquele que introduziu a Repetição no âmbito da reflexão filosófica existencial – ou Existencialista –, mas, sobretudo, como aquele que valorizou a novidade do Instante como núcleo de resistência à generalização.

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