"Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos
difíceis. Claro que no reverso da medalha foi promovida ampla
modernização de nossas estruturas materiais. Fica para o historiador
do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos."
Mas uma evidência salta aos olhos.
Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os
herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e
umas poucas ações de empresas públicas e privadas.
Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de
permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para
a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em
Copacabana.
Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de
uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu, precisou ser tratado
no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.
Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República,
comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis,
que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento
de três quartos e sala, no Rio.
João Figueiredo, depois de deixar o poder,
não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis,
vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade.
Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em
São Conrado que os filhos depois colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação.
Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem
ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram,
nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus
governos. Sequer criaram institutos destinados a preservar seus
documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras
regiamente remuneradas.
Bem diferente dos tempos atuais, não é? "
Por exemplo o Lulinha, filho do Lula, era até pouco tempo atrás
funcionário do Butantã/SP, com um salário (já na peixada politica) de
R$ 1200,00 e hoje é proprietário de uma fazenda em Araraquara,
adquirida por 47 milhões de reais, e detalhe, comprada a vista.
Centenas de outros politicos, também trilharam e trilham o mesmo caminho.
Se fosse aberto um processo generalizado de avaliação dos bens de
todos politicos, garanto que 95% não passariam, seria comprovado
destes o enriquecimento ilícito.
Como diria Boris Casoy:
"Isto é uma vergonha" e pior, ninguém faz nada".
"Não viva para que sua presença seja notada,
mas para que sua ausência seja sentida"
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