quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Refletindo as pegadas de quando o coração bate forte na razão...
"Dizem que o que distingue o ser humano dos demais seres é a razão. Talvez, então, eu não seja humano, pois sou todo emoção..."
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Em 1929, o Rio de Janeiro foi testemunha do encontro entre o arquiteto Le Corbusier (1887-1965) e a dançarina, cantora e atriz Josephine Baker (1906-1975). Considerados importantes figuras de vanguarda para a estética e a história do modernismo no século XX, ambos desembarcaram no antigo porto da cidade – em frente a onde está hoje localizado o Museu de Arte do Rio – compartilhando um longo trajeto a bordo de navios transatlânticos e cumprindo uma agenda similar por diferentes cidades da América do Sul. Essa reunião – que, muitos sugerem, pode ter se transformado em affair – é a inspiração para a mostra Josephine Baker e Le Corbusier no Rio: Um caso transatlântico, que o Museu de Arte do Rio – MAR apresenta a partir de 15 de abril.
A exposição vai discutir questões de gênero, raça e formalidade nas artes por meio de cerca de 400 peças – entre instalações, fotografias, desenhos, pinturas, documentos, filmes e performances de artistas brasileiros e internacionais como Ana Maria Tavares, Flávio de Carvalho, Matheus Rocha Pitta, Patrizio di Massimo, Lili Reynaud Dewar, Steven Cohen, Judith Braun e do próprio Le Corbusier, ocupando 600 m² da instituição. Com curadoria de Inti Guerrero e Carlos Maria Romero, a mostra não pretende traçar um panorama histórico ou biográfico, ainda que inclua material e obras referentes ao encontro Baker-Le Corbusier. “Trata-se de uma constelação de documentos, contribuições da cultura popular e obras contemporâneas, tanto das artes visuais quanto da dança e do cinema que vão explorar esse caso em termos metafóricos”, conta Guerrero.
A exposição parte de uma instalação de Ana Maria Tavares, na qual a artista cria um lounge mudando o piso e preenchendo o espaço com cadeiras por ela projetadas. Para ambientar o espectador no ambiente de um navio, um filme que mostra uma viagem de transatlântico será exibido no local, que abrigará ainda obras que mostram a ligação entre o meio de transporte e a arquitetura moderna. A sala seguinte leva o público a continuar esse passeio, recriando um teatro que vai receber as performances selecionadas por Carlos Maria Romero, compondo um dos eixos centrais da mostra. “O espaço contará com obras que traçam a herança consciente e inconsciente do legado emancipatório de Josephine Baker”, comenta Romero.
O MAR, uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o Museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição.
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